As redes sociais foram surpreendidas por um vídeo no qual a delegada e deputada federal Katarina Feitosa, do PSD, manifesta seu apoio ao pré-candidato a prefeito de Propriá, Luciano de Menininha, do Partido Progressista.
O fato não seria motivo de controvérsia, não fosse o histórico do pré-candidato, que já foi condenado pela Lei Maria da Penha, uma legislação destinada a proteger as mulheres da violência doméstica.
O apoio da parlamentar causa ainda mais perplexidade ao ter sido declarado durante o Agosto Lilás, mês que simboliza a luta contra a violência doméstica. Em um período dedicado à conscientização e ao combate a todas as formas de violência contra a mulher, a atitude de Katarina Feitosa é vista como uma afronta às mulheres de Propriá e de todo o Brasil.
As mulheres proprienses, assim como tantas outras que lutam diariamente por respeito e segurança, não compreendem como uma figura pública, especialmente uma delegada e deputada federal, pode se associar a alguém condenado por agredir uma mulher. A expectativa da sociedade é que figuras públicas, especialmente aquelas envolvidas com a segurança pública, assumam um papel de liderança na defesa dos direitos das mulheres e na promoção de um ambiente seguro e livre de violência.
Esse apoio é um verdadeiro “tiro no pé” para a carreira de Katarina Feitosa. Além de comprometer sua imagem como defensora dos direitos das mulheres, essa aliança questionável pode prejudicar projetos futuros e a credibilidade de sua atuação política. No mês em que a luta contra a violência doméstica deveria ser destacada, a parlamentar escolheu um caminho que pode distanciar ainda mais as mulheres proprienses da política e dos direitos que tanto prezam.
É essencial que a sociedade se mantenha vigilante e cobre coerência e comprometimento daqueles que ocupam cargos públicos. As mulheres de Propriá merecem respeito e uma representação que esteja verdadeiramente comprometida com a defesa de seus direitos e com o fim da violência que, infelizmente, ainda é uma realidade para muitas.
Este episódio serve como um alerta para que as mulheres não aceitem menos do que merecem: respeito, proteção e uma representação que lute verdadeiramente por suas causas.